Resumo

A trajetória de lutas das mulheres no Brasil e no mundo marcam nossa história na mesma medida em que as estruturas impostas pelo heteropatriarcado – termo cunhado por Angela Davis - geraram restrições, obstáculos e violências enfrentadas cotidianamente pelas mulheres. Na prática esportiva ou de atividades físicas e de lazer, essa realidade é reproduzida, pois o corpo é um locus privilegiado de independência, mas também de controle. O desafio deste trabalho é investigar se e de que forma a prática de atividade física regular, para além dos benefícios físicos, pode trazer um maior empoderamento de mulheres e meninas. Investigando atividades realizadas por um coletivo de mulheres que se exercitam em espaços públicos, rodeadas de elementos da natureza. Por meio de uma pesquisa de viés fenomenógico e com parâmetros de corporeidade, investigamos se o universo das praticantes promovem uma maior consciência sobre ser mulher nos dias de hoje, focando em 3 aspectos: a) o trabalho coletivo exclusivo dirigido às mulheres e suas trocas durante os treinos, b) a prática de atividade física regular, c) o ambiente público, aberto e em meio à natureza. Os dados serão coletados por depoimentos em diferentes momentos do processo, e incluem narrativas das praticantes, a serem analisadas à luz do referencial teórico. Assim, pretende-se contribuir com os estudos que interseccionalizam corpo, gênero e prática de atividades físicas e esportivas, fomentando pesquisas e outras ações neste sentido.

Acessar