Associação entre sintomas depressivos e risco de quedas em mulheres na pósmenopausa: um estudo transversal
Por Wellington Gilberto de Sousa (Autor), Rosely Modesto Silva (Autor), Jonathã Luiz Justino da Silva (Autor), Bruna Cunha da Silva (Autor), Cláudio de Oliveira Assumpção (Autor), Fábio Lera Orsatti (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
As quedas são comuns entre os idosos e podem estar relacionadas aos sintomas depressivos (SD). Durante a pós-menopausa (PM), surgem condições crônicas, prejuízos sensoriais e limitações de atividades que estão associadas à ocorrência de quedas e de transtornos depressivos. Estudos transversais anteriores observaram associações significativas entre SD e quedas, bem como entre fraturas e depressão clínica. Nesse contexto, é de grande relevância investigar a interação entre sintomas depressivos e quedas nesta população. OBJETIVO: Investigar se sintomas depressivos estão associados ao risco de quedas em mulheres na pós-menopausa (MPM). MÉTODOS: Estudo observacional, de caráter analítico transversal, realizado com 112 MPM, com idade média 60 anos (60,22±7,45), que foram avaliadas por meio do Geriatric Depression Scale (GDS-15) e um questionário para o rastreio do risco de queda, para averiguar o risco de acidentes por quedas na rotina diária. A força muscular foi avaliada por meio de dinamometria (JAMAR®). Associação entre GDS-15 e quedas foi verificada por regressão logística (p<0,05). RESULTADOS: A cada ponto acrescido no GDS-15, aumenta em 15% (OR=1,15; IC95%:1,01-1,32; P=0,040) o risco de quedas. Essa associação foi independente da idade, força de preensão manual e uso de antidepressivos e ansiolíticos. CONCLUSÃO: Sintomas depressivos são independentemente associados ao risco de quedas em mulheres na pós menopausa.