Resumo

O objetivo do presente estudo foi verificar se a suplementação aguda de Tirosina, afeta as respostas termorregulatórias e o desempenho de corredores, durante um teste contrarrelógio de 10 km outdoor em ambiente quente e seco. Participaram deste estudo 12 voluntários do sexo masculino, idade (24,7 ± 5,5 anos), estatura (176,8 ± 3,6 cm) e massa corporal (69,2 ± 5,9). Os voluntários realizaram uma familiarização com o protocolo e equipamentos utilizados na pesquisa e avaliação antropométrica antes dos ensaios experimentais. Aproximadamente 48 horas após a familiarização eles retornaram e foram submetidos a 02 testes contrarrelógio de 10 km, nos quais foram administrados tirosina (150 mg/kg ± água 250 mL ± polpa de limão 50 mL) ou placebo (água 250 mL ± polpa de limão 50 mL). As situações foram balanceadas, cruzadas, duplo-veladas e o intervalo entre elas foi de, pelo menos, sete dias. Nos dias experimentais eles foram orientados a repetirem a mesma alimentação no café amanhã e consumirem 500 mL de água 02 horas antes do início dos testes. Os voluntários também realizaram 03 testes cognitivos: 1º antes da suplementação, 2º 60 minutos após a ingestão da tirosina/placebo e o 3º após o teste contrarrelógio. Durante os ensaios foram coletadas amostras sanguíneas e de urina, registrado a temperatura interna e temperatura da pele, PSE e sensação térmica. A ingestão de tirosina reduziu o tempo total de exercício com menor tempo para concluir a corrida para a situação tirosina (47,37 ± 6,10 min) vs. placebo (48,03 ± 5,94 min); p = 0,02. Concluímos, portanto, que o aumento da concentração de TIRO alterou fatores centrais possibilitando que os voluntários aumentassem a intensidade da corrida nos últimos 2 km sem que isso influenciasse as variáveis termorregualatórias, cardiovasculares e perceptivas durante o exercício. Não foi encontrado efeito benéfico da tirosina sobre o desempenho cognitivo.

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