Resumo
Em mulheres na pós-menopausa é relatado uma redução de força muscular e performance física. Essas alterações estão associadas ao aumento de citocinas pró-inflamatórias na corrente sanguínea, que ao longo do tempo leva ao quadro de inflamação crônica de baixo grau. Além disso, há evidências na alteração do consumo alimentar nesse período, em que há o aumento do consumo de nutrientes e alimentos que possuem potencial de elevar as citocinas pró-inflamatórias na corrente sanguínea. Nesse sentido, foi desenvolvido e validado com base em literatura e dados científicos, o Inflamatório da Dieta (IID) que tem por obejtivo avaliar o potencial inflamatório da dieta. Porém, pouco se sabe da influência do consumo do IID e performance física em mulheres na pós-menopausa. Portanto, o objetivo do estudo foi avaliar se há uma associação do IID pró-inflamatório com desempenho em testes funcionais em mulheres na pós-menopausa. Foram recrutadas 121 mulheres na pós-menopausa (±60 anos). As voluntárias foram dicotomizadas em dietas com escore (E-IID) anti-inflamatório e pró-inflamatório (P<0,001). A composição corporal e DMO foram analisadas pelo DXA. A capacidade funcional foi avaliada pelos testes de velocidade de marcha de 10 metros rápido (TC10m) e 4 metros usual (TC4m). Para avaliar força de membros inferiores foi realizado a contração isométrica voluntária máxima (CIVM) das pernas. O equilíbrio foi avaliado pelo Tinnetti test. Para a relação entre o E-IID com a capacidade funcional foi utilizado Modelo Linear Generalizado com distribuição gama e para a associação com quedas Regressão Logística Binária, com ajustes por modelos estatísticos. Foi observado um maior tempo no TC4m e TC10m para as voluntárias com um E-IID pró-inflamatório comparado ao anti-inflamatório. Também foi observado associação positiva do E-IID anti-inflamatório com TC4m e TC10m. Conclui-se que o E-IID anti-inflamatório está associado menor desempenho funcional em mulheres na pós-menopausa.
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