Resumo

ENTRANDO EM CAMPO

Quem pratica ou acompanha de perto alguma modalidade esportiva já ouviu (ou viu) alguém descrever (fazer, ou mesmo fez) uma jogada desconcertante, dessas que entortam a coluna do outro, que fazem o adversário ficar sentado no chão ou, ainda como diz Eduardo Galeano sobre Pelé, jogadas que desenham um labirinto por onde os seus adversários se perdem e de onde jamais conseguem sair. Também já ouviu um jargão muito comum, nos dias de hoje, no meio futebolístico: “o nó tático” que surpreende a todos. Pois bem, é utilizando essa metáfora que quero falar do esporte nas aulas de Educação Física escolar. Creio que o tema do esporte, como conteúdo da Educação Física, é um grande desafio a ser enfrentado. Não que ele não o esteja sendo, mas, no meu entendimento, esse enfrentamento precisa ser repensado, pois a realidade das escolas e das aulas de Educação Física, bem como a dinâmica social que as envolve têm-se constituído numa jogada desconcertante que teima em entortar nossas colunas (aqui podemos entender como nossa ação pedagógica) e também em um “nó tático” que amarra nossos discursos (o que temos elaborado para fundamentar nossa ação pedagógica).

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