Respostas fisiológicas agudas à “hipóxia intermitente de recuperação” no hiit
Por Yan Figueiredo Foresti (Autor), Carlos Dellavechia De Carvalho (Autor), Felipe Alves Ribeiro (Autor), Julia Causin Andreossi (Autor), Gabriel Luches-Pereira (Autor), Danilo Rodrigues Bertucci (Autor), Fúlvia de Barros Manchado-Gobatto (Autor), Marcelo Papoti (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 30, n 1, 2024.
Resumo
O treinamento de hipóxia intermitente tradicional melhora o desempenho esportivo após curtos períodos de exposição, porém a exposição aguda à hipóxia intermitente leva à diminuição da intensidade do treinamento e da qualidade técnica. A solução para superar esses efeitos negativos pode ser realizar esforços em normóxia e os intervalos entre os esforços em hipóxia, mantendo a qualidade do treinamento e os benefícios da hipóxia.
Objetivo:
Este estudo teve como objetivo avaliar as respostas fisiológicas agudas à exposição de hipóxia durante a recuperação entre esforços de alta intensidade.
Materiais e métodos:
Estudo aleatório e one-blinded, com efeito placebo controlado. Dezesseis homens realizaram um teste de exercício graduado para determinar sua intensidade máxima e duas sessões de treinamento intervalado de alta intensidade. Os intervalos de treinamento podem ser em hipóxia (TRH), FIO2: 0,136 ou normóxia (TRN), FIO2: 0,209. Durante os dois minutos de intervalo entre os dez esforços de um minuto, foram medidos constantemente a saturação periférica de oxigênio (SpO2), frequência cardíaca (FC), lactato sanguíneo ([La]), glicemia ([Glu]).
Resultados:
Houve diferenças na FC (TRN = 120 ± 14 bpm; TRH = 129 ± 13 bpm, p <0,01) e SpO2 (TRN = 96,9 ± 1,0%; TRH = 86,2 ± 3,5%, p <0,01). Sem diferenças em [La] e [Glu] TRN (4,4 ± 1,7 mmol.l-1; 3,9 ± 0,5 mmol.l-1) e TRH (5,2 ± 2,0 mmol.l-1; 4,0 ± 0,8 mmol.l-1, p = 0,17).
Conclusão:
Evidenciou-se a possibilidade de incluir a hipóxia apenas nos intervalos de recuperação como um estímulo adicional ao treinamento, sem diminuir a qualidade do treinamento. Nível de Evidência II; Estudo Clínico Randomizado de Menor Qualidade.