Resumo
A desnutrição protéica é, ainda, hoje, grave problema médico-social nos países em desenvolvimento. Assim, é de grande interesse o desenvolvimento de procedimentos mais efetivos no seu tratamento. Isso inclui o emprego do exercício físico bem como de novas fontes de proteína na alimentação. O presente estudo visou avaliar os efeitos da spirulina como fonte protéica, associada ou não ao exercício físico, sobre o crescimento e o metabolismo protéico muscular de ratos em recuperação da desnutrição protéica. Foram utilizados ratos Wistar, jovens (30 dias), separados nos seguintes grupos, de acordo com a fonte e a quantidade de proteína na dieta: I- Caseína 17% dos 30 aos 150 dias de idade; II- Spirulina 17% dos 30 aos 150 dias de idade; III- Caseína 6% dos 30 aos 150 dias de idade; IV- Caseína 6% dos 30 aos 90 dias e Spirulina 17% dos 91 aos 150 dias de idade; V- Caseína 6% dos 30 aos 90 dias e Caseína 17% dos 91 aos 150 dias de idade. Aos 91 dias, metade dos animais de cada grupo foi submetida ao treinamento físico de natação, 1 hora/dia, 5 dias/semana, durante 8 semanas, com sobrecarga equivalente à transição metabólica aeróbio/anaeróbio determinada pelo teste do lactato mínimo. No músculo sóleo foram determinados peso e teores de proteína total e de DNA para inferir sobre o crescimento. Como índices do metabolismo protéico muscular, foram avaliadas as taxas de síntese (incorporação de 14C fenilalanina) e degradação (liberação de tirosina) de proteínas bem como a expressão da proteína miosina (western blotting).