Resumo

Pensar o lazer a partir das experiências e cotidianos dos povos indígenas é um movimento de teimosia e posição política. Como educadoras professoras mobilizadas no trabalho cotidiano para uma educação antirracista e decolonial, elegemos trazer para dialogar conosco outras vozes, a fim de mobilizar fissuras no pensar e fazer cotidianos desta sociedade, que insiste em relações de apagamento do outro que fica à margem dos bens sociais, culturais e econômicos. Nosso convidado para esse diálogo intercultural com os colegas e leitores do dossiê de “Estudos do Lazer e Relações Étnico Raciais”, é o líder indígena Karkaju Pataxó, uma liderança indígena que milita historicamente para educar os jovens e as comunidades indígenas na re-existência a partir do esporte e do lazer. Buscamos o diálogo intercultural, que possa criar potencialmente fissuras nos movimentos de subalternidade, invisibilidade e colonidalidade, em conversa com o campo dos estudos do lazer sob o sentido e significado do outro, significado que nos inspira para continuar em movimento com os povos originários para aprender-ensinar práticas sociais efetivas para o lazer e para além do esporte, para o bem-viver.

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