Integra
No final do século 18, a escritora Britânica Jane Austin escreveu um romance com o título que motiva minhas 300 Palavras: Orgulho e Preconceito, publicado inicialmente em 1813. Depois, vieram o sucesso editorial em muitos idiomas, filmes e minissérie na TV baseados na história original.
O motivo para eu trazer isso à tona não é minha paixão por romances ou história da aristocracia Britânica no século 18. Quero falar sobre orgulho e preconceito entre alguns membros da aristocracia catarinense no século 21. Talvez o título atual seria Prepotência e Racismo numa parcela significativa da sociedade em que vivo. Antes de prosseguir, destaco que nasci na capital catarinense, sou um homem branco de classe média, com
formação universitária, descendente de alemães e libaneses.
Ouvi, há pouco, a notícia sobre a escolha da Miss Santa Catarina de 2025,
num evento ocorrido no sul do Estado. Tudo normal no calendário da beleza, não fosse o fato da bela jovem de 18 anos, ainda cursando a última série do ensino médio, ter a pele mais escura do que a maioria das moças em meu estado natal. Sim, uma jovem modelo, bela, carismática, negra fora eleita “Miss SC 2025”. Isso bastou para que membros da “KKK” catarinense vociferassem ofensas racistas nas redes sociais. Segundo o que foi divulgado na imprensa, entre os comentários ofensivos, um dizia: “SC não é um zoológico”. Que tristeza... que vergonha!
Quando a educação e a civilidade não são suficientes para que as pessoas se respeitem, independentemente da origem, gênero, faixa etária, orientação religiosa, cor da pele ou de ser uma pessoa com deficiência, então a justiça e a lei precisam entrar em cena, com rigor. Comunidades saudáveis e solidárias são construídas a partir do respeito às diferenças e da existência uma cultura de bem-estar para todas as pessoas.
Não há lugar para o preconceito e o racismo num país tão diverso como o nosso (e em nenhum lugar no mundo!).
Grande abraço.
Markus Nahas