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Na segunda metade do século XX e neste século, vimos o mundo mudar de forma explosiva. A tecnologia, o envelhecimento populacional, a urbanização acelerada e o consumismo desenfreado, entre outras mudanças, levaram à inversão das principais causas de morte no planeta. Reduziu-se drasticamente a ocorrência de doenças infectocontagiosas e houve um aumento das doenças crônico-degenerativas.

Com a incidência crescente de doenças cardiovasculares, diabetes, câncer, depressão e obesidade, passou-se a falar muito em promoção de estilos de vida saudáveis. A atividade física passou a ser um comportamento indispensável à promoção da saúde, e mudar comportamentos passou a ser chave para a promoção da saúde. E não é fácil mudar comportamentos. Pensando nisso, propusemos um modelo referido como Pentáculo do Bem-estar, incluindo: atividade física, alimentação saudável, controle do estresse, comportamento preventivo e relacionamentos. Esse modelo é utilizado para avaliar e propor mudanças no estilo de vida individual e de grupos.

Recentemente, e revertendo a tendência de predominância de doenças não transmissíveis, veio a COVID-19 e a subsequente pandemia. Momentos assim requerem atenção total das pessoas e governos. Felizmente, veio a vacina! Ao mesmo tempo, o negacionismo ganhou voz entre políticos e influencers, o que contribuiu para as mais de 700 mil mortes no Brasil. O uso de máscara, distanciamento, higienização das mãos, e a vacina, é claro, mostraram-se efetivos. Também um estilo de vida ativo é um fator de prevenção. Pode-se dizer que o Pentáculo do Bem-estar permanece como um modelo para a promoção da saúde, mesmo nesses tempos difíceis. Trata-se de adequar as mensagens e práticas sugeridas às limitações do isolamento e falta de contato social.

Manter-se ativo (caminhar, subir escadas, fazer alongamentos, dançar etc.); cuidar da alimentação; buscar distração e ocupação para redução do estresse; manter a comunicação com amigos e familiares; e enfatizar comportamentos preventivos, incluindo lavar as mãos e tomar vacina!

Grande abraço.

Markus Nahas