300 Palavras (4) Equilíbrio pessoal & harmonia com o ambiente
Integra
A atividade cotidiana nos arrasta. Isso é verdadeiro para a maioria das pessoas, num mundo que nos molda, cada vez mais, em função da pressão pelo sucesso ou a luta pela sobrevivência. Não são poucos os que acordam e sabem que repetirão o padrão de vida estressante focado nesses extremos: sobreviver ou perseguir sucesso e poder.
Mas há ainda uma massa silenciosa que tem o necessário para uma vida minimamente digna e que não aspira poder pelo poder. Meios e fins parecem estar bem definidos para esse terceiro grupo, sendo os bens materiais e os diplomas meros meios para uma vida com mais significado, solidária, que priorize o equilíbrio pessoal e a harmonia com o ambiente.
Trabalho, família e lazer são aspectos igualmente relevantes para uma vida com qualidade e significado. Além desse equilíbrio, que nos conduz a uma vida produtiva e a um relacionamento intrapessoal saudável, a convivência solidária (relacionamento interpessoal) e o respeito à natureza (outra forma de relacionamento que se deve cultivar) acrescentam a harmonia na interação com os outros e com o ambiente em que vivemos.
Somos induzidos a pensar que, neste século 21.2 (pós COVID), as prioridades estão sendo repensadas e que existiria uma dicotomia entre saúde coletiva e desenvolvimento, ficando o crescimento econômico, a produção e o consumo como a referência maior (quando não única) para o desenvolvimento de um país. Os mesmos grupos que criticaram a histórica afirmação de que os meios justificavam os fins nas sociedades socialistas, agora usam essa retórica para colocar o crescimento econômico como o fim maior, justificando-se o desleixo com a saúde pública, a preservação da natureza, e até mesmo com a cultura e a ciência, como danos colaterais, de menor relevância à “grandeza dos povos”.
Precisamos redefinir desenvolvimento e olhar mais atentamente os 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável propostos em 2015 pela ONU, com o apoio, retórico, de quase 200 países.
Grande Abraço.
Markus Nahas