Resumo

Este ensaio busca trazer o debate acerca da Educação Física enquanto linguagem, questionando, a partir de pressupostos teórico-filosóficos, o que é a linguagem e qual o seu papel no desenvolvimento do ser social. Apresenta, a partir de intelectuais da área, a cultura corporal como objeto da Educação Física, o trabalho científico como elemento importante para constituição de uma formação que busque socializar no espaço escolar os conhecimentos científicos, artísticos e filosóficos, como pressupõe a Pedagogia Histórico-Crítica. Nesse sentido, o objetivo deste texto é apontar que as atuais propostas para a educação física estão em articulação com a atual fase do capitalismo contemporâneo, sendo a relação entre corpo, trabalho e educação expressão da ausência da categoria necessidade no interior da educação física, indo em direção às teses da intangibilidade do trabalho diante do avanço da tecnologia e do trabalho digital, contribuindo para o chamado privilégio da servidão, como afirma Ricardo Antunes (2018). Apontamos, portanto, que a cultura corporal é parte integrante do complexo do ser social, sendo seus nexos necessários de serem apreendidos e objetivados na escola, para contribuir com uma formação humana transformadora do atual estado de coisas.

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