A emoção proporcionada pela bola laranja: uma revisão pela história do basquete masculino nos Jogos Olímpicos (1936-2024)
Por Eduardo Filipe Morais de Aquino (Autor).
Resumo
O objetivo deste artigo é aprofundar-se na história do basquete masculino nos Jogos Olímpicos, desde sua implementação em 1936 até a última edição em 2024, por meio dos resultados, participantes das edições e com o apoio de temas como a profissionalização das ligas, a forma como a competição é classificada, a globalização em relação ao esporte e a geopolítica. Em relação aos métodos, o estudo é qualitativo, quantitativo e descritivo em sua abrangência, além de contar com procedimentos técnicos bibliográficos e documentais. Por meio dos dados, foi possível observar o número de participações de cada país, os medalhistas em cada edição da competição e o número de medalhas das nações que, ao menos, conquistaram um ouro, uma prata ou um bronze. Dessa forma, podem ser observados fatos como o amplo domínio dos EUA na modalidade, o bom número de participações brasileiras e que a Ásia e a África ainda não possuem um país medalhista. Após as imagens, conforme a literatura sobre o tema, foram mencionadas as edições do basquete masculino nas Olimpíadas. Concluindo, observou-se um certo padrão em relação às equipes medalhistas de prata e bronze, com o surgimento, nos primeiros anos, de alguma seleção do continente americano acompanhando os Estados Unidos e a União Soviética; desde a edição realizada em Barcelona, em 1992, seleções como Lituânia, Espanha, Sérvia e França continuam mostrando a solidez do basquete europeu, além da Argentina, foram as que mais se destacaram - sendo esta a única seleção da América Latina a conquistar a medalha de ouro; e, além dos Estados Unidos, outras 6 seleções do continente americano conquistaram ao menos uma medalha - Argentina, Brasil, Canadá, Cuba, México e Uruguai.
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