Resumo

O trabalho procura discutir, através da análise de uma documentação bastante diversa, como a retórica da moralização, higienização e civilização dos costumes tinha o corpo dos escolares e a sua educação como um dos elementos mais significativos na afirmação do modelo dos grupos escolares como veiculador do projeto da formação integral da infância brasileira nas primeiras décadas do séc. XX. Aqueles preceitos se referiam à higiene que deveria grassar nos novos tempos e espaços escolares urdidos com o fenômeno dos grupos escolares, ponto de culminância da modernização do ensino que atingiria também o Brasil nos anos finais do séc. XIX e iniciais do XX. Registrados na imprensa pedagógica e diária, em documentos como relatórios, correspondências, materializados em materiais didáticos e nos códigos de ensino da instrução pública, esses debates perseguiam argumentos que procuravam afiançar a necessidade do poder público investir conhecimentos e recursos na formulação e implantação de um conjunto de dispositivos que teria como função precípua a educação do corpo dos escolares pela via da inculcação de preceitos higiênicos.

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