A Influência da Troca de Treinadores nas Ações Ofensivas Que Antecedem a Finalização Ao Gol Durante Um Campeonato Nacional

Introdução: A constante mudança de treinadores em um curto período de tempo pode causar algumas consequências como mudanças no modelo de jogo, falta de entrosamento entre os jogadores e falta de conhecimento do time pelo treinador. Essas mudanças podem alterar a forma como o time ataca e influenciar no desempenho do mesmo. 15 Objetivo: Analisar as ações ofensivas que antecederam o chute ao gol dos 3 diferentes treinadores do mesmo time do Campeonato Brasileiro da Série B de 2017. Métodos: Foram utilizados seis jogos em casa do time avaliado, duas partidas de cada um dos treinadores, onde um desses jogos foi uma vitória. Através da filmagem do jogo com duas câmeras, uma para cada metade do campo, foram feitas análises quantitativas. Nesse contexto, foram avaliados os chutes ao gol que acertaram a meta, sendo gol ou ocasionando uma defesa do goleiro. Para avaliar as ações ofensivas foi utilizado o Sistema de Caracterização de Sequências Ofensivas (SCSO), elas compreendem em indicadores simples: duração da sequência ofensiva, número de jogadores envolvidos, número de toques na bola, passes e chutes, e indicadores compostos: jogadores envolvidos/duração, toques na bola/duração, passes/duração, toques na bola/jogadores envolvidos, passes/jogadores envolvidos, passes/toques na bola e gol/chute. Resultados: Dentre as variáveis analisadas, houve diferença significativa na razão de duas. Na relação toques na bola/duração, obteve diferenças significativas entre os treinadores 1 (21,59± 19,44) e 2 (50,22±19,79) (P< 0,05), mas não com o treinador 3 (59,31±45,97) (P = 0,126). E na relação passes/toques na bola houve diferenças significativas entre os treinadores 1 (0,60±0,23) e 3 (0,31±0,22) (P< 0,05), porém não com o treinador 2 (0,41±0,16) (P = 0,186). Conclusão: O treinador 1 condicionou os jogadores a ter maior ritmo de intervenção e transmissão da bola, apresentando um modelo de jogo que prioriza o jogo em transição com um ataque rápido e muitas vezes através de contra-ataque. Os treinadores 2 e 3 priorizaram a posse de bola e assim um modelo de jogo que priorizou os ataques posicionais, com maior duração da sequência ofensiva. 

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