A percepção de jovens atletas de handebol em relação ao envolvimento parental
Por Leilane Alves de Lima (Autor), Paulo Cesar Montagner (Autor).
Em IV Congresso Internacional de Pedagogia de Esporte - CONIPE
Resumo
: O envolvimento parental no desenvolvimento esportivo de jovens atletas pode produzir consequências positivas ou negativas. Para dimensionar essa influência é necessário compreender a percepção dos jovens. Objetivo: Descrever o perfil de apoio parental a partir da percepção de jovens atletas. Metodologia: Estudo quantitativo do tipo descritivo realizado de forma transversal. Os participantes foram 156 jovens atletas de handebol, com média de 14,4 anos, sendo 86 do sexo masculino e 70 do feminino, provenientes de escolas públicas (64,7%) e privadas (35,3%) de todas as regiões do estado de Mato Grosso. Os dados foram coletados na fase estadual dos Jogos Escolares da Juventude nos anos de 2016 a 2019, através da utilização de um questionário semiestruturado com dados sociodemográficos, contendo informações sobre o suporte familiar. Os dados foram analisados através da análise de frequência relativa (contagem e porcentagem) no SPSS-27. Os aspectos éticos em pesquisa foram cumpridos (CAAE: 55729716.7.0000.5166). Resultados: O núcleo familiar é formado por mãe e pai (73,1%), ambos sem experiência anterior como atletas (79,2%), com escolaridade de nível superior (33,1% - mães; 25,1% - pais) e médio (25,1% - mães; 30,1% - pais). Em relação ao perfil de apoio disponibilizado, os atletas destacam uma influência indireta, representada pelo financiamento das atividades e apoio emocional. Para 71,9% os responsáveis apoiam financeiramente, 73,9% incentivam a viajar e 80,4% não cobram excessivamente para serem atletas. No entanto, 93,5% destacam que os pais não acompanham seu desempenho esportivo, 92,2% não assistem aos treinos, 51,6% não acompanham as atividades esportivas e 58,2% não conversam com o treinador para saber sobre o seu desempenho esportivo. Conclusão: O apoio dos pais limita-se ao auxílio financeiro e emocional. Demonstram a ausência e falta de envolvimento com vida esportiva dos atletas, uma possível tendência entre jovens participantes de competições escolares que vêm de classes sociais mais vulneráveis.