Resumo

A qualidade de vida da mulher pode ser profundamente impactada pelo prolapso dos órgãos pélvicos, provocando desconforto, incontinência urinária e dificuldades nas atividades diárias. Estas condições afetam a saúde física, o bem-estar emocional e social, levando a sentimentos de vergonha, ansiedade e isolamento. Desenvolvemos um estudo descritivo-correlacional, transversal e de abordagem quantitativa, com o objetivo de avaliar, a qualidade de vida geral da mulher, os domínios mais afetados e variáveis sociodemográficas que mostram ter relação com a percepção da mulher acerca da sua qualidade de vida. Para avaliação da qualidade de vida, utilizou-se o Questionário Australiano sobre Pavimento Pélvico (QASPP). Os resultados das 51 mulheres participantes mostram que, a qualidade de vida geral percecionada, é razoável ou mesmo boa, tendo em conta a média (M = 12,13), os domínios mais afetados foram, “Sintomas do prolapso” (M = 3,60), e “Função sexual” (M = 3,38); a idade e a paridade são fatores de risco significativos para a qualidade de vida da mulher. Conclui-se com a necessidade de abordagens multidimensionais que tratem tanto aspetos físicos como emocionais, com empoderamento da mulher para uma melhor gestão da sintomatologia no seu dia-a-dia e consequentemente uma melhoria na perceção da sua qualidade de vida.

 

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