A saúde pública nos currículos de bacharelado em educação física em universidades públicas do Brasil
Por Maria Bethania Marchetti (Autor), José Ywgne (Autor), Ingrid Kelly Alves dos Santos Pinheiro (Autor), Gabriela Fernanda De Roia (Autor), Danilo Rodrigues Pereira da Silva (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
A formação de profissionais de Educação Física (EF) aptos a atuar no Sistema de Saúde exige uma base sólida em conteúdos nos currículos relacionados à Saúde Pública. A inclusão dessas temáticas nos Projetos Pedagógicos de Curso (PPCs) é essencial para garantir uma formação alinhada às diretrizes e necessidades do sistema de saúde brasileiro. Objetivo: Analisar a presença de componentes curriculares relacionados à saúde pública nos cursos de bacharelado em EF de universidades públicas brasileiras. Métodos: Este é um estudo documental, descritivo, baseado na análise dos PPCs de 36 universidades públicas brasileiras. A coleta foi realizada em julho de 2025. Foram incluídas disciplinas obrigatórias e optativas com ementas vinculadas à saúde pública, além do ano de publicação dos respectivos PPCs. Resultados: Foram identificadas 60 disciplinas obrigatórias e 13 optativas relacionadas à saúde pública. A UNIFESP apresentou o maior número de disciplinas (11), e a UFPI, UFRN, UNESP, UFRJ e UFU não apresentaram nenhuma disciplina. As regiões Sudeste e Centro-Oeste concentraram a maior presença de disciplinas obrigatórias associadas à saúde pública e o Norte apresentou a menor. Notou-se também que universidades com PPCs mais atualizados, como UFPR, UFMS, UFC e UNIFESP, tendem a apresentar maior integração de conteúdos sobre saúde pública, ao contrário de instituições com PPCs mais antigos. Conclusão: Observa-se uma grande heterogeneidade regional e institucional na inserção de conteúdos sobre saúde pública nos cursos de EF. A atualização recente dos PPCs parece influenciar positivamente essa inserção, indicando a importância de revisões curriculares que fortaleçam a formação em saúde pública como componente obrigatório.