Resumo

Este artigo buscou analisar as representações midiáticas da Educação Física escolar sob as lentes do jornal Zero Hora através de uma análise de conteúdo. Para isso, foram selecionadas 18 notícias do período de 01 de janeiro de 2016 até 30 de junho de 2022 que se enquadraram em cinco categorias teóricas, quantificadas pelo seu destaque no jornal. Foram elas: Organização educacional com 12 inferências; Espaço de prática com 16 inferências; Práticas esportivas com 17 inferências; Pandemia com 30 inferências; e Manifestações corporais não hegemônicas com 31 inferências. Apesar da categoria com maior destaque ser de práticas não hegemônicas, os elementos presentes nas notícias não evidenciam os conteúdos da Educação Física presentes nas propostas. Majoritariamente, as demais notícias partem do pressuposto que Educação Física, aptidões físicas e saúde são sinônimos, alinhando as falas do jornal com a expectativa social acerca da disciplina. Desta forma, verificou-se que o Zero Hora é um jornal conservador que só deve trazer mudanças em seu discurso sobre a Educação Física escolar quando as percepções da cultura corporal do movimento já estiverem presentes no imaginário social.

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