Resumo

Diversos estudos apontam um fenômeno fisiológico muito interessante associado ao Sistema Cardiovascular denominado de Efeito Hipotensor Pós-Exercício. Esse fenômeno tem como característica a diminuição da Pressão Arterial (PA) durante o repouso, posterior a um treino físico, fazendo com que os valores pressóricos cheguem a uma escala abaixo daqueles aferidos antes de se iniciar os exercícios (BRUM et al, 2004). Tal efeito pode ser observado em exercícios aeróbicos, como também em exercícios de força e até mesmo na combinação de ambos os exercícios. SANTOS et al. (2023) verificaram que a utilização do treinamento de força associado ou não ao treinamento aeróbico gerou redução significativa da PA. Este dado aponta que ambos os tipos de exercício podem ser utilizados como uma estratégia para prevenção e tratamento em indivíduos hipertensos. Dentre as modalidades do fitness bastante praticadas atualmente destaca-se o Cross Training, que surgiu na década de 90, sendo registrada oficialmente nos anos 2000 como CrossFit®, método de treinamento desenvolvido por Greg Glassman (MENDES; RODRIGUES; CARVALHO, 2017; GLASSMAN, 2003). Tal método traz exercícios variados de curta duração e alta intensidade, proporcionando elevado gasto calórico, buscando trabalhar as capacidades físicas de forma global e equilibrada (TIBANA; ALMEIDA; PRESTES, 2015). O efeito hipotensor é observado tanto na prática do treinamento de força quanto no treinamento aeróbico. Contudo, poucas pesquisas são realizadas observando este fenômeno especificamente na prática do Cross Training. Portanto, a presente pesquisa tem como objetivo analisar o Efeito Hipotensor Pós-Exercício em praticantes de Cross Training e observar os efeitos hemodinâmicos (pressão arterial sistólica; pressão arterial diastólica; pressão arterial média; frequência cardíaca e o duplo produto) em um protocolo de treino, analisando o efeito hipotensor induzido pelo exercício

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