Análise do perfil de consumo de suplementos em atletas brasileiros submetidos a controle de dopagem entre 2015 e 2022
Por Eduardo Camillo Martinez (Autor), Victor Machado Reis (Autor), Sandra Celina Fernandes Fonseca (Autor), Felipe Alves Gomes de Oliveira (Autor), Bruna de Jesus Labanca (Autor), Henrique Marcelo Gualberto Pereira (Autor), Elisa Suzana Carneiro Pôças (Autor), André Valentim Siqueira Rodrigues (Autor).
Resumo
O consumo de suplementos alimentares (SA) tem aumentado consideravelmente e, apesar da possibilidade de ganhos de performance, a ocorrência de SA contaminados expõe os atletas ao risco da dopagem. O objetivo desse trabalho foi analisar o consumo de SA entre atletas brasileiros de modalidades olímpicas e paralímpicas considerando o sexo, o período de consumo e a quantidade de suplementos reportada como consumida de 2015 a 2022. Para tanto, todos os Formulários de Controle de Dopagem no período supracitado foram verificados. O consumo de SA foi relatado por 71,54% dos atletas, com uma quantidade de 4,47+3,35 (média + desvio-padrão) de SA por atleta. Mulheres reportaram maior uso que homens. O número de SA consumidos foi maior em anos olímpicos. Além disso, o consumo fora de competição é menos prevalente, porém mais numeroso. O consumo excessivo de SA foi evidente, com 7,68% dos atletas que consomem algum tipo de suplemento reportando mais de 10 SA consumidos. Não foram observadas diferenças significativas entre atletas olímpicos e paralímpicos. Estes resultados destacam a necessidade urgente de estratégias educacionais direcionadas para promover o uso consciente de SA, reduzindo os riscos de dopagem, além de pesquisas adicionais para explorar padrões específicos de consumo por gênero e variações entre períodos de competição.