Análise dos ângulos da articulação do joelho na largada com relação ao tempo final em ciclismo bmx
Por Renato Pereira da Silva (Autor), Guilherme de Azambuja Pussieldi (Autor).
Resumo
Este estudo teve como objetivo principal analisar os ângulos da articulação do joelho durante a largada e as possíveis correlações com o tempo final da prova de ciclismo BMX, em uma competição oficial da modalidade. Fizeram parte do estudo 20 atletas do sexo masculino, das categorias Elite e Junior Men, com idade média de 20,3 ± 3,0 anos, os quais participam regularmente de competições estaduais, nacionais e internacionais, tendo todos mais de cinco anos de experiência na prática do ciclismo BMX competitivo. Foi medido o ângulo da articulação do joelho em três momentos durante a largada: na posição estática, no primeiro movimento perceptível e no momento de desprendimento, ou seja, ao ultrapassar o portão de largada. Além disso, foi feita a correlação entre o ângulo de desprendimento e o tempo total da tomada de tempo (Time Trial). Foi encontrada diferença significativa entre o ângulo do primeiro movimento com relação aos ângulos da posição estática e o ângulo de desprendimento. Não foi encontrada correlação significativa entre o ângulo de desprendimento e o tempo total da tomada de tempo. O estudo conclui que o tempo total da prova não tem correlação com o ângulo de desprendimento dos atletas, talvez porque, mesmo sendo um esforço de curta duração, em média de 35 segundos, as curvas e os obstáculos no percurso são situações que fazem a diferença para os melhores atletas em obter os melhores resultados.
Referências
BERTUCCI, W.; CREQUY S.; CHIEMENTIN, X. Validity and reliability of the G-Cog BMX Powermeter. Int. J. Sports Med., v. 34, n. 6, p. 538-543, 2013.
BREED, R.V.P.; YOUNG, W.B. The effect of a resistance training programme on the grab, track and swing starts in swimming. J. Sports Sci., v. 21, n. 3, p. 213-220, 2003.
CHELLY, M.S.; FATHLOUN, M.; CHERIF, N.; BEN AMAR, M.; TABKA, Z.; VAN PRAAGH, E. Effects of a back squat training program on leg power, jump, and sprint performances in junior soccer players. J. Strength Cond. Res., v. 23, n. 8, p. 2241-2249, 2009.
CORREA, C.S.; SILVA, B.G.C.; ALBERTON, C.L.; WILHELM, E.N.; MORAES, A.C.; LIMA, C.S; PINTO, R.S. Análise da força isométrica máxima e do sinal de EMG em exercícios para os membros inferiores. Rev. Bras. Cineantropom. Desempenho Hum. (Online), v. 13, n. 6, p. 429-435, 2011.
COWELL, J.F.; MCGUIGAN, M.R.; CRONIN, J.B. Movement and skill analysis of supercross bicycle motocross. J. Strength Cond. Res., v. 26, n. 6, p. 1688-1694, 2012.
DE JESUS, K.; DE JESUS, K.; FIGUEIREDO, P.; GONÇALVES, P.; PEREIRA, S.; VILAS-BOAS, J.P.; FERNANDES, R.J. Biomechanical analysis of backstroke swimming starts. Int. J. Sports Med., v. 32, n. 7, p. 546-551, 2011.
GIANIKELLIS K.; BOTE A.; PANTRIGO J.J.; TENA J.A. (2004) Análisis biomecánico de la salida en la carrera de BMX. In: CONGRESS OF THE SPANISH ASSOCIATION OF SPORTS SCIENCES, 3. University of Valencia (Spain). Disponível em: <http://www.eweb.unex.es/eweb/cienciadeporte/congreso/04%20val/pdf/c184.pdf>. Acesso em: 09 set. 2014.
GILBERT, P.; MCEWAN, K.; BELLEW, R.; MILLS, A.; GALE C. The dark side of competition: how competitive behaviour and striving to avoid inferiority are linked to depression, anxiety, stress and self-harm. Psychol Psychother., v. 82, n. 2, p. 123-136, 2009.
JOB, C. BMX. 2. ed. Minneapolis: Lerner Sports, 2004.
MATEO-MARCH, M.; FERNÁNDEZ-PEÑA, E.; BLASCO-LAFARGA, C.; MORENTE-SÁNCHEZ, J.; ZABALA, M. Does non-circular chainring improve performance in the Bicycle Motocross Cycling start sprint? J. Sports Sci. Med., v. 13, n. 1, p. 97-104, 2014.
MERO, A.; KUITUNEN, S.; HARLAND, M.; KYRÖLÄINEN, H.; KOMI, P.V. Effects of muscle-tendon length on joint moment and power during sprint starts. J. Sports Sci., v. 24, n. 2, p.165-173, 2006.
ZABALA, M.; SÁNCHEZ-MUÑOZ, C.; MATEO, M. Effects of the administration of feedback on performance of the BMX cycling gate start. J. Sports Sci. Med., v. 8, n. 3, p. 393-400, 2009.