Resumo

A crise de identidade e a discussão epistemológica desenvolvida a partir dos anos 80 no Brasil é o resultado de uma crise paradigmática da Modernidade, que foi desencadeada desde o final do século XIX e, principalmente, início do século XX, no que concerne o debate científico, com os questionamentos dos postulados positivistas. A tendência biologicista que prevaleceu e ainda prevalece na Educação Física contribuiu para o estabelecimento de uma visão reducionista e simplificadora, pressupostos do paradigma moderno cientificista, que busca única e exclusivamente nos processos biológicos a justificação e a explicação dos fatores que participam e determinam a relação entre causa e efeito no movimento humano. Cabe agora apresentar a perspectiva que traz à discussão aqui proposta uma inspiração para os apontamentos que vislumbramos para uma educação física do futuro. Nesta direção, começar-se-á pelo filósofo português Manuel Sérgio, que a partir de uma consistente crítica ao pensamento cartesiano, criou, ainda nos anos 80, o que veio a ser denominado “Ciência da Motricidade Humana”.

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