Resumo

O futebol de mulheres tem passado por diversas mudanças no desenvolvimento da modalidade que impacta e é impactada por jogadoras. O conhecimento das teorias feministas pelas jogadoras é importante para que ocorra conscientização e fortalecimento na luta por melhora na modalidade. Objetivo: Verificar se jogadoras acreditam que o movimento feminista contribui na luta pela igualdade de gênero no futebol e se elas se consideram feministas. Metodologia: Participaram 41 jogadoras com média de idade de 18,85 ± 0,83 anos, pertencentes a três clubes que competem o Campeonato Brasileiro sub-20. Três afirmações foram apresentadas: 1) O movimento feminista contribui para luta pela igualdade entre homens e mulheres no futebol; 2). Eu me considero feminista porque luto pelos direitos das mulheres no futebol; 3). As jogadoras referências lutam pela melhora do futebol feminino. As respostas foram realizadas em escala de 1 a 6, sendo 1- discordo totalmente, 2- discordo, 3- discordo um pouco, 4- concordo um pouco, 5- concordo e 6 concordo plenamente. Resultados: Das jogadoras, 34 concordaram em algum grau (de 4 a 6) que o movimento feminista contribui para igualdade de gênero no futebol, 7 discordam em algum grau (1 a 3). Dessas, 24 concordam em algum grau que são feministas. Além disso, 37 concordaram em algum grau que as jogadoras referências para elas lutam pela melhora da modalidade e 4 discordam em algum grau. Conclusão: Portanto, apesar da maioria das jogadoras acreditar que o movimento feminista contribui para a igualdade de gênero, nem todas se consideram feministas. Possivelmente, pelo desconhecimento da teoria feminista ou despreocupação com as questões de desigualdade de gênero no futebol ou como algo que não atravessa o cotidiano delas na modalidade. Sugerimos então que o feminismo seja um conteúdo a ser ensinado e debatido na formação de jovens jogadoras de futebol.

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