As perspectivas sobre convivência de participantes de um projeto esportivo
Por Lilian Aparecida Ferreira (Autor), Nicole Rugeri Murdiga (Autor), Bianca Santos (Autor), Arthur Negrim Fernandes de Paiva (Autor), Breno Enes Figueira Moutela Costa (Autor).
Em IV Congresso Internacional de Pedagogia de Esporte - CONIPE
Resumo
O esporte espetáculo tem papel bastante significativo na construção de uma representação simbólica que acaba se manifestando como hegemônica. Essa hegemonia traz implicações nas formas de organização dos grupos de participantes de projetos esportivos em geral, sendo caracterizada por divisões por faixas etárias, gênero, orientação sexual, etnia, habilidade motora. As ações para subversão dessa lógica poderiam trazer outros elementos para a reconfiguração das interações sociais. Com essa expectativa vem sendo desenvolvido o Projeto de Extensão Ensinando e Aprendendo Handebol dedicado a crianças, adolescentes e jovens de oito a 18 anos de idade com gênero, orientação sexual, etnia, habilidade motora diversas em uma comunidade fragilizada de inúmeros direitos e oportunidades sociais. Nesse cenário de significativa diversidade, defendemos que o conflito caracteriza o processo educativo, podendo contribuir com inúmeras aprendizagens no campo das interações sociais, tanto no interior das práticas dos jogos esportivos em si quanto nas relações humanas gerais. Objetivo: Mapear as perspectivas de convivência manifestadas pelos participantes do projeto. Metodologia: Os dados foram coletados por meio de narrativas escritas, construídas coletivamente pelos participantes e mediadas pelos professores do projeto, afixadas em cartazes. Participaram do estudo 18 crianças, adolescentes e jovens inscritos no já citado projeto. Resultados: Os dados mostraram duas categorias de análise: 1) Reprodução de comportamentos instituídos por modelos sociais; 2) Demandas relacionais que nasceram do próprio grupo. Conclusões: Uma gestão dialogada pode contribuir para potencializar os interesses e as necessidades do grupo se contrapondo às normas instituídas de cima para baixo e que, sequer, são compreendidas pelos participantes.