Aspectos sociodemográficos, estilo de vida e saúde mental de calouros da UFRPE
Por Gustavo Henrique Gomes Silva (Autor), Marília Felício Lopes (Autor), Christian Williams de Oliveira (Autor), Marcela Felício Lopes da Silva (Autor), Danielle Patrícia Lima de Araújo (Autor), Aluísio Andrade Lima (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
A fase de transição para o ensino superior pode representar modificações nas demandas acadêmicas, sociais e financeiras dos universitários. Esses fatores influenciam uma piora do estilo de vida e aumento de transtornos mentais. Sendo assim, é fundamental caracterizar a população de estudantes que está ingressando na universidade, afim de desenvolver estratégias que melhorem a saúde integral dos alunos. OBJETIVO: Descrever o perfil sociodemográfico, estilo de vida e saúde mental de estudantes ingressantes na UFRPE. MÉTODOS: Estudo descritivo, conduzido com 938 discentes calouros (Idade=20±4 anos; 51,4% mulheres; 63,5% pardos e pretos), participantes da coorte multicêntrica The UNIversity student's LIFEstyle and Mental Health Study (UNILIFE-M). A coleta de dados foi realizada por meio de formulário eletrônico, contendo variáveis como idade, sexo biológico e raça, além de instrumentos para avaliação do estilo de vida (atividade física, comportamento sedentário e hábitos alimentares - SMILE), sono (PSQI) e saúde mental (sintomas depressivos - PHQ-9 e sintomas de ansiedade - GAD-7). Os dados foram descritos em percentuais e média±desvio-padrão. RESULTADOS: Do total, apenas 17,1% dos estudantes relatam possuir algum problema de saúde mental ou transtorno de desenvolvimento diagnosticado e 14,5% realiza, atualmente, sessões de psicoterapia. Apesar de poucos diagnósticos, 49,2%, 44,6% e 25,7% dos participantes apresentam sintomas depressivos, de ansiedade e problemas com sono, respectivamente. Além disso, em relação à atividade física e o comportamento sedentário, somente 27,7% dos participantes relatam "sempre" se exercitar por pelo menos 30 minutos diários, enquanto, 72,8% passam mais de 6 horas por dia sentados. Já na alimentação, apenas 4,6% dos alunos relatam "nunca" consumir alimentos pré-prontos congelados, enquanto, 33,9% "sempre" consomem alimentos saudáveis. CONCLUSÃO: Os achados evidenciam importante prevalência de sintomas de ansiedade e depressão e comportamentos de risco à saúde entre calouros da UFRPE, indicando a necessidade de iniciativas institucionais para promoção de saúde integral na universidade.