Associação do tecido mole magro e da massa gorda com parâmetros ósseos em adolescentes com diferentes status de peso
Por Lucas da Silva Cardoso (Autor), Tiago Rodrigues de Lima (Autor), Jean Carlos Parmigiani De Marco (Autor), Mateus Augusto Bim (Autor), Clair Costa Mirada (Autor), Andreia Pelegrini (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
A composição corporal impacta diretamente na saúde óssea. Entretanto, a relação exercida pelo tecido mole magro (TMM) e massa gorda (MG) em parâmetros ósseos de adolescentes com diferentes status de peso foi pouco estudada. Objetivo: Investigar a associação do TMM e da MG com parâmetros de saúde óssea de acordo com o status de peso. Métodos: Estudo transversal realizado com a participação de 98 adolescentes (43,9% do sexo masculino; média da idade: 16,8 ± 1,5 anos) de Florianópolis, Brasil. Os parâmetros ósseos foram avaliados por meio de absorciometria por dupla emissão de raios X (DXA), com varreduras do corpo inteiro, coluna lombar e fêmur direito. As varreduras por DXA forneceram medidas de conteúdo mineral ósseo (CMO) para o corpo todo excluindo a cabeça, coluna lombar e colo femoral, as quais foram posteriormente normalizadas pela estatura (CMO/h). TMM e MG foram estimados pela DXA. O índice de massa corporal (IMC) foi utilizado para classificar os avaliados de acordo com o status de peso. Análises de regressão linear múltipla ajustadas por sexo, idade, atividade física, cor da pele, e maturação sexual foram utilizadas para testar as associações de interesse, com nível de significância estabelecido em 5%. Resultados: Independentemente do status de peso, TMM e MG estiveram diretamente associados com CMO/h de corpo todo, CMO/h da coluna lombar e CMO/h do pescoço do fêmur (p< 0,05). Conclusão: Embora TMM possa impactar positivamente nos indicadores ósseos independente do status de peso, parece que a MG pode impactar negativamente na saúde óssea em adolescentes com sobrepeso/obesidade.