Associação entre Composição Corporal e Aptidão Física em Participantes de um Projeto de Avaliação Física
Por Yoná Geny Costa de Sena (Autor), Jane Ferreira da Silva (Autor), Victor José Bastos Silva (Autor), Ralmony de Alcântara Santos (Autor), Carlos Rafaell Correia Oliveira (Autor), Gerfeson Mendonça (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
A composição corporal representa um fator determinante para o desempenho físico, sendo tradicionalmente avaliada por indicadores como índice de massa corporal (IMC), razão cintura-quadril (RCQ) e circunferência abdominal (CABD). Compreender como esses parâmetros se relacionam com diferentes componentes da aptidão física em contextos de avaliação populacional pode fornecer subsídios valiosos em programas de exercícios. Objetivo: Investigar as associações entre indicadores de composição corporal (IMC, RCQ e CABD) e componentes da aptidão física (VO?máx, potência de membros inferiores, força máxima isométrica e flexibilidade) em adultos participantes de um programa de avaliação física.Métodos: Trate-se de um estudo transversal com 206 adultos (66% homens e idade média de 28,8 ± 9,6 anos) avaliados em um centro universitário. Foram realizadas análises de regressão linear múltipla, considerando como variáveis independentes: IMC (kg/m²), RCQ e CABD (cm); e como variáveis dependentes: aptidão cardiorrespiratória (VO?máx estimado pelo teste de Cooper), potência de membros inferiores (salto horizontal), força máxima isométrica (teste de preensão manual) e flexibilidade (teste de sentar-e-alcançar). Os modelos foram ajustados para idade, sexo, nível de atividade física e objetivo de treino, utilizando o software Stata 14 (p<0,05). Resultados: Foram observadas associações negativas significativas entre todos os indicadores de composição corporal e o VO?máx, com maior magnitude para RCQ (β=-52,66; p<0,001), seguida por CABD (β=-0,28; p<0,001) e IMC (β=-0,49; p=0,0005). A força de preensão manual apresentou associação significativa e positiva com IMC (β=0,28; p=0,003), mas não com RCQ ou CABD. Não foram encontradas associações significativas entre os parâmetros antropométricos e o desempenho no salto horizontal ou na flexibilidade. Conclusão: níveis mais elevados de adiposidade corporal, especialmente de padrão abdominal, estão associados a menor capacidade cardiorrespiratória e a força absoluta foi positivamente associada ao IMC. Tais resultados reforçam a importância de incorporar múltiplos marcadores antropométricos nas avaliações físicas e funcionais