Atividade física e sintomas de ansiedade e depressão: um estudo de associação UNILIFE-M/PE
Por Marcela Cardoso de Oliveira (Autor), Jhonatan Wélington Pereira Gaia (Autor), Thiago Sousa Matias (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
Ansiedade e depressão são os transtornos mentais mais prevalentes e, conhecidos por aumentar anos da população com incapacidade e, consequentemente, ampliar custos ao Sistema Único de Saúde. O ingresso na universidade é um período crítico para o surgimento destes transtornos. Nessa fase, mudanças no estilo de vida, como redução dos níveis de atividade física podem agravar sintomas de ansiedade e depressão. Assim, investigar a relação entre transtornos mentais e inatividade física, pode ajudar na saúde desta população. OBJETIVO: Analisar a associação entre a inatividade física e sintomas de ansiedade e depressão em universitários. MÉTODOS: Este é um estudo transversal realizado com 938 estudantes calouros (Idade=20±4 anos; 51,4% mulheres) vinculados à UFRPE, participantes da coorte multicêntrica The UNIversity student's LIFEstyle and Mental Health Study (UNILIFE-M). Os dados foram coletados por conveniência através de um questionário online, incluindo informações sociodemográficas (sexo, idade, grupo étnico e índice de massa corporal - IMC) e instrumentos validados para avaliação da prática de atividade física (SMILE-C) e dos sintomas de ansiedade (GAD-7) e depressão (PHQ-9). A análise estatística foi conduzida através da regressão logística binária, ajustadas por sexo, idade, grupo étnico e IMC, com P≤0,05 sendo significante. RESULTADOS: Sintomas de ansiedade e depressão foram identificados em 44,6% e 49,2% dos participantes, respectivamente. Enquanto, apenas 27,7% relataram "sempre" se exercitar por pelo menos 30 minutos por dia. Além disso, os estudantes considerados inativos fisicamente apresentaram maior chance de ter sintomas de depressão (OR=2,08; IC95%: 1,58-2,75) e ansiedade (OR=1,59; IC95%: 1,20-2,10), independentemente de idade, sexo, grupo étnico e IMC. CONCLUSÃO: Estudantes universitários fisicamente inativos têm duas vezes mais probabilidade de apresentarem sintomas de depressão e 60% mais chances de desenvolverem sintomas de ansiedade. Então, aumentar o nível de atividade física pode auxiliar na melhoria da saúde mental desta população.