Resumo

Com a pandemia do COVID-19 evidenciou-se, mediante a percepção de sinais e sintomas resistentes, a existência da Síndrome Pós-COVID-19 ou Covid Longa. A avaliação e a reabilitação das sequelas presentes devem levar em consideração a mobilidade funcional e a força de preensão palmar para retorno íntegro das atividades de vida diária. O presente estudo teve por objetivo avaliar a mobilidade funcional e a força de preensão palmar no período pós-COVID-19 de usuários das Unidades Básicas de Saúde (UBS´s) do município de São João del-Rei/MG. Tratou-se de um estudo transversal, onde foram avaliados 35 usuários da Atenção Básica de Saúde (ABS), e utilizadas as seguintes avaliações: um questionário contendo 11 perguntas sobre a doença; avaliação dos sinais vitais; força muscular de membros superiores com dinamômetro; teste de marcha estacionária de dois minutos (TME´2) e time up and go (TUG). Para análise dos dados foi utilizado o pacote estatístico SPSS 11.0, teste Qui-Quadrado, considerando o valor de p<0,05 e a descrição de valores médios e desvio padrão. Foi evidenciada uma média de força de preensão palmar igual a 44,52 Kgf, média de elevação do joelho no TME´2 sendo igual a 80 elevações e no TUG uma média de 25 segundos (p<0,05). Observou-se que os indivíduos apresentaram alterações significativas na mobilidade funcional, enquanto os dados vitais, de força de preensão e capacidade aeróbica apresentaram dentro dos valores normais para idade média. Conclui-se que os usuários avaliados apresentaram limitação da mobilidade funcional como sequela durante a Síndrome Pós-COVID-19 sendo necessário traçar formas de reabilitação funcional voltadas para melhora da mobilidade funcional desses usuários.

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