Resumo

A hiperglicemia é caracterizada pelo aumento da glicose, onde o estresse oxidativo decorrente deste quadro é um dos principais fatores envolvidos na fisiopatologia das complicações diabéticas. Assim, este estudo piloto teve como objetivo avaliar os marcadores oxidativos como substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e carbonilação de proteínas e marcadores antioxidantes como ácido ascórbico e ácido úrico em amostras de soro de 80 pacientes divididos em dois grupos: normoglicêmicos, com sangue média glicose de 78,0 ± 8,4 mg/dL e com uma média de glucose hiperglicémicos 158,5 ± 9,3 mg/dL. Os resultados foram: TBARS no grupo de controle: 11,22 ± 1,42 nmol MDA/mL e grupo hiperglicêmico: 11,61 ± 0,82 nmol MDA/mL (P = 0,3552) e os níveis de carbonilas grupo controle proteína: 1,87 ± 0,29 nmol carbonil/mg de proteína e grupo hiperglicêmico: 1,99 ± 0,45 nmol carbonil/mg de proteína (P = 0,9806) mostrando não haver diferenças significativas nos níveis de marcadores oxidativos entre os grupos. Além disso, os níveis de ácido úrico e ácido ascórbico no grupo de controle e no grupo hiperglicêmico apresentaram diferenças significativas. O ácido ascórbico aumentou no grupo hiperglicêmico (82,98 ± 17,89 Mmol ASA/mL) em comparação ao grupo controle (24,86 ± 6,31 Mmol ASA/mL, P = 0,04), assim como o ácido úrico, que mostrou níveis elevados no grupo hiperglicêmico (7,32 ± 0,35 mg /dL) em comparação ao grupo controle (3,67 ± 0,33 mg/dL, P ≤ 0,0001). Estes resultados demonstram a importância potencial do sistema antioxidante para prevenir o aumento dos níveis de oxidação em hiperglicêmicos.

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