Resumo

O objetivo do estudo foi comparar duas metodologias da avaliação da capacidade funcional em pacientes claudicantes unilaterais. A metodologia envolveu dois tipos de protocolos progressivos, um deles realizado em esteira, utilizando a inclinação como sobrecarga de trabalho, e o outro realizado em quadra, utilizando a velocidade como sobrecarga de trabalho. A análise do desempenho dos pacientes nos protocolos se fez por meio da avaliação da freqüência cardíaca pico (FC pico), FC no momento da dor inicial de claudicação, FC prevista para a idade (FCP) e o percentual de 70% e 80% da FC pico, a variação percentual em relação a FC pico FCP atingida nos testes. Não se observou diferenças significantes para todas essas variáveis avaliadas entre os protocolos. Correlações entre essas variáveis foram calculadas para os testes e também não foi encontrado diferenças significantes. Avaliamos o desempenho muscular dos membros inferiores desses pacientes em dinamômetro isocinético comparando o membro sintomático ao assintomático e também não se observou diferenças significantes para torque e trabalho total, significando que existe equivalência de força e resistência muscular, podendo-se concluir que o componente periférico não é fator limitante para o desempenho funcional, Conclui-se que é possível obter uma avaliação fidedigna de condição funcional com a metodologia do teste de quadra. Os parâmetros analisados apresentam utilidade na prescrição de caminhada e também servem de referencial para seguimento dos pacientes durante um programa de reabilitação.

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