Baixa disponibilidade de energia e risco de RED-s Um problema real para mulheres que fazem treinamento de resistência?

Este estudo teve como objetivo avaliar o consumo alimentar e a prevalência de Baixa Disponibilidade Energética (BEE) e Deficiência Relativa de Energia no Esporte ( DRE-s) em um grupo de mulheres praticantes de musculação. A amostra foi composta por 23 mulheres, com média de idade de 23 ± 4,73 anos, massa corporal média de 59,6 ± 5,26 kg e altura média de 163 ± 6,61 cm. Anamnese, registro alimentar diário para avaliar a ingestão calórica e registro de atividade diária foram realizados, e o gasto energético total (GET) foi determinado a partir dessas informações. A composição corporal foi avaliada pela espessura das dobras cutâneas. O Questionário de Baixa Disponibilidade Energética em Mulheres ( DLEAF -Q) foi administrado e a disponibilidade energética (EA) foi calculada para cada sujeito. Os resultados mostraram que a ingestão calórica total média foi de 1757 ± 557 kcal (IC 95%: 1516–1998), enquanto o GET foi de 2064 ± 185 kcal (IC 95%: 1983–2144). A ingestão calórica média foi de 38,6 ± 11,8 kcal/kg de massa muscular livre/dia (IC 95%: 33,5–43,7). 21,74% da amostra apresentou BDE. A pontuação média do questionário LEAF-Q foi de 4,13 ± 2,52 (IC 95%: 2,82–5,0), com 8,7% das voluntárias classificadas em risco para RED-s. Conclui-se que BDE e alto risco de RED-s não são prevalentes entre mulheres que praticam treinamento resistido.

Areta, J.L., Taylor, H.L., & Koehler, K. (2021). Low energy availability: history, definition and evidence of its endocrine, metabolic and physiological effects in prospective studies in females and males. European Journal of Applied Physiology, 121(1), 1-21. https://doi.org/10.1007/s00421-020-04516-0

Black, K., Slater, J., Brown, R.C., & Cooke, R. (2018). Low energy availability, plasma lipids, and hormonal profiles of recreational athletes. The Journal of Strength & Conditioning Research, 32(10), 2816-2824. https://doi.org/10.1519/jsc.0000000000002540

Canhestro, J.P., Carvalhaes, A.L.D., Martins Júnior, F. de A.D., & Drummond, M.D.M. (2025). Influence of professional nutritional support on dietary profile of strength-trained women. Lecturas: Educación Física y Deportes, 29(321), 108-126. https://doi.org/10.46642/efd.v29i321.7864

De Souza, M.J., Koltun, K.J., & Williams, N.I. (2019). The role of energy availability in reproductive function in the female athlete triad and extension of its effects to men: an initial working model of a similar syndrome in male athletes. Sports Medicine, 49(Suppl 2), 125-137. https://doi.org/10.1007/s40279-019-01217-3

Fahrenholtz, IL, Melin, AK, Wasserfurth, P., Stenling, A., Logue, D., Garthe, I., Koehler, K., Gräfnings, M., Lichtenstein, MB, Madigan, S., & Torstveit, M. K. (2022). Risk of low energy availability, disordered eating, exercise addiction, and food Intolerances in female endurance athletes. Frontiers in sports and active living, 4, 869594. https://doi.org/10.3389/fspor.2022.869594

Hagstrom, A.D., Marshall, P.W., Halaki, M., & Hackett, D.A. (2020). The effect of resistance training in women on dynamic strength and muscular hypertrophy: a systematic review with meta-analysis. Sports Medicine, 50(6), 1075-1093. https://doi.org/10.1007/s40279-019-01247-x

Heikura, I.A., Stellingwerff, T., & Areta, J.L. (2021). Low energy availability in female athletes: from the lab to the field. European Journal of Sport Science, 22(5), 709-719. https://doi.org/10.1080/17461391.2021.1915391

Lamonte, M.J., & Ainsworth, B.E. (2001). Quantifying energy expenditure and physical activity in the context of dose response. Medicine and science in sports and exercise, 33(6 Suppl), S370-8. https://doi.org/10.1097/00005768-200106001-00006

Acessar