Resumo

Para quem cresceu antes da chegada da internet e da popularização dos computadores pessoais, status intelectual era ostentar uma robusta coleção de livros de capa vermelha na estante da sala. Dezesseis volumes, de A a Z — ou melhor, de A a Zwingli, respectivamente a primeira e a última entrada —, com 130 mil verbetes.

Em tese, tudo o que havia de importante estava ali. Em suas lombadas caprichadas, lia-se o nome que impunha respeito e pompa: Enciclopédia Barsa.

A história dessa enciclopédia, que foi lançada poucos dias antes do golpe militar de 1964 e teve sua última edição impressa exatamente 50 anos depois, em 2014, envolveu grandes nomes da cultura brasileira e, para famílias que se preocupavam enormemente com os estudos de seus filhos, significou muita luta e, por vezes, endividamentos.

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