Resumo

O futebol é uma das modalidades esportivas coletivas que não apresentam diferenças nas regras para mulheres e homens. Entretanto, sabe-se que os indiví­duos do sexo feminino apresentam uma iniciação no esporte mais tardia. Nesse contexto, pouco se sabe sobre as diferenças táticas entre ambas as modalidades. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar as ações ofensivas resultantes em gol das equipes sub-17 masculino e sub-18 feminino do Clube de Regatas do Flamengo, durante o Campeonato Brasileiro de 2019. Foram analisados 8 jogos de cada equipe, através de ví­deos disponibilizados em plataforma digital. Foram avaliadas as ações ofensivas resultantes em gol, a última ação ofensiva antes do gol e o iní­cio da posse de bola de cada gol. Foi verificado que o time feminino realizou mais gols com o pé direito do que o time masculino. Por outro lado, o número de gols com o pé esquerdo e de cabeça da equipe masculina foi maior do que a feminina. Além disso, observou-se que a maiores frequências dos gols de ambas as equipes ocorreram por finalização direta. Ademais, observou-se que a maioria dos gols femininos tem origem após a roubada de bola, enquanto a equipe masculina realizou mais gols com iní­cio na bola parada. Assim, podemos concluir que uma inserção tardia de mulheres na modalidade pode interferir na última ação dos ataques durante um jogo de futebol e que as ações ofensivas que culminaram em gols no futebol feminino se deram principalmente em decorrência da recuperação da posse de bola.

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