Resumo

O sono exerce papel fundamental na restauração fisiológica e é essencial para o desempenho esportivo. É cada vez mais comum a presença de distúrbios do sono que perturbam a qualidade e duração do sono em atletas. Entender o comportamento do sono nesse público é essencial visto que perturbações no sono têm potencial de impactar diretamente a recuperação e o desempenho dos atletas. OBJETIVO: Descrever o comportamento do sono de atletas de voleibol treinados. METODOLOGIA: Quatorze atletas (10 homens, 22.0±3.6anos, 3.5±1.7 anos/experiência, 2.0±1.3 treinos/semana) foram monitorados por 8 noites com actígrafo (ActiGraph®, wGT3X-BT) no pulso não dominante. Apenas 7 noites foram analisadas, pois a primeira noite serviu de familiarização com o instrumento. Foram analisadas as variáveis: latência, duração e eficiência do sono, tempo na cama, despertares noturnos, tempo acordado após o início do sono e fragmentação. Os dados foram processados pelo software ActiLife® (v6.15.0). Os dados foram coletados em frequência de 30Hz e analisados em epochs de 60 segundos; posteriormente, o comportamento de sono foi avaliado de acordo com algoritmo Sadeh. Um diário do sono digital, via formulário online, foi utilizado para registro dos horários de dormir e acordar, sendo essas informações essenciais para a geração dos relatórios. Os dados foram analisados no software Jamovi (v. 2.6.26). RESULTADOS: Os atletas apresentaram latência média para o início do sono de 8±5min, permanecendo na cama por 396±9min, com tempo total de sono de 319±36min e eficiência de 79±9%. Verificaram-se aproximadamente 20±6 despertares noturnos, com duração média de 4±1min. O tempo acordado após o início do sono foi de 74±40min e o índice de fragmentação do sono foi de 30±10%. CONCLUSÃO: Os atletas de voleibol analisados apresentam limitações na qualidade e continuidade do sono, considerando os dados comprometidos de eficiência do sono, despertares noturnos e índice de fragmentação do sono.

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