Resumo

A pressão de oclusão arterial (POA) é um parâmetro essencial para a prescrição individualizada do treinamento com restrição de fluxo sanguíneo, um método inovador capaz de promover adaptações musculares utilizando cargas leves. A composição corporal pode influenciar a POA; no entanto, as evidências sobre esse tópico ainda são limitadas, e nenhum estudo explorou adequadamente as diferenças entre os sexos. OBJETIVO: Analisar as associações entre variáveis da composição corporal dos membros inferiores e a POA na posição supina, considerando possíveis diferenças entre homens e mulheres. MÉTODOS: Estudo transversal com 51 adultos saudáveis (25 homens e 26 mulheres). A composição corporal foi avaliada por meio de absorciometria por dupla energia de raios X (DEXA), incluindo massa total, massa magra, massa gorda dos membros inferiores e percentual de gordura corporal. A POA foi mensurada na posição supina, utilizando Doppler vascular portátil posicionado sobre a artéria tibial anterior e manguito de 18 cm de largura aplicado na região proximal da coxa direita. As correlações foram analisadas para a amostra total e estratificadas por sexo. RESULTADOS: Na amostra total, a POA em posição supina correlacionou-se com a massa total (r = 0,335; p = 0,016) e a massa magra (r = 0,317; p = 0,023) dos membros inferiores. Entre os homens, observou-se correlação significativa com a massa total (r = 0,435; p = 0,030) e a massa magra (r = 0,440; p = 0,028). Nas mulheres, apenas o percentual de gordura corporal correlacionou-se com a POA (r = 0,425; p = 0,031). CONCLUSÃO: Na posição supina, a POA apresenta associação com diferentes componentes da composição corporal, variando entre os sexos. Esses achados reforçam a importância de considerar variáveis individuais na prescrição da pressão de oclusão.

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