Considerações finais

Parte de Manual de atividade física adaptada para pessoas com baixa visão ou cegas . páginas 30 - 31

Resumo

Embora a promoção da atividade física como instrumento de saúde pública seja uma prioridade expressa não só pela OMS59 como pela ONU, em vários países entre os quais Portugal, as oportunidades de participação em relação à atividade física das pessoas com deficiência continuam a ser reduzidas, contribuindo para a existência de um comportamento mais sedentário destas pessoas. Na Europa, a deficiência continua a ser indicada como um dos principais fatores para não se praticar atividade física125. Uma das principais razões apontadas para a existência de um comportamento mais sedentário das pessoas com deficiência é a falta de planos estratégicos que fomentem a colaboração e articulação entre todos os setores intervenientes no âmbito da atividade física, para a criação de envolvimentos saudáveis, acessíveis e convidativos para a prática de atividade física, demonstrando que esta é divertida, de escolha fácil, passível de ser efetuada por todos e com benefícios para a saúde de todos, sem exceção126–128. Diversos estudos indicam que abordar as barreiras à atividade física requer mais conhecimento, dado não existir evidência científica suficiente disponível que sustente de forma robusta os objetivos estratégicos da Ação Global do Plano de Atividade Física 2018-2030129 em relação às pessoas com deficiência. É por isso desejável que haja mais investigação, nomeadamente sobre a mudança de atitudes e como incluir pessoas com e sem deficiência na atividade física6 .