Resumo

A ingestão insuficiente de proteínas é um fator de risco para a sarcopenia em idosos, com risco de desfechos adversos à saúde. A nutrição adequada tem sido apontada como estratégia de prevenção e manejo dessa condição. O objetivo do estudo foi analisar a correlação entre parâmetros diagnósticos de sarcopenia e o consumo proteico de idosos em Ouro Preto, MG. Foram analisados 151 idosos (112 mulheres e 39 homens). Peso, altura, índice de massa corporal (IMC) e índice de massa muscular (IMM) foram mensurados.  O desempenho físico foi avaliado pela velocidade de marcha (VM) em 4 metros e pelo Teste de levantar e sentar da cadeira, e o consumo alimentar foi obtido por recordatório alimentar de 24h. Para análise estatística foi usada correlação de Pearson para dados normais e de Spearman para dados não normais. Observou-se correlação negativa entre o consumo de proteína e o IMC (r = -0,422; p < 0,001), percentual de gordura corporal total (GCT) (r = -0,318; p < 0,001) e desempenho no teste de levantar e sentar da cadeira (r = -0,179; p = 0,013); e correlação positiva entre o consumo de proteínas e o IMM (r = 0,208; p = 0,005). Não foram encontradas correlações significativas entre o consumo proteico e a VM. Conclui-se que o consumo proteico adequado pode otimizar a massa muscular e performance física, influenciando a funcionalidade, saúde e bem-estar na terceira idade. A fonte e distribuição das proteínas, bem como associação de exercícios físicos contribui para os efeitos observados.

Acessar