Resumo

Esta obra é uma experiência produzida com leitore(a)s, professore(a)s, aluno(a)s, escolas, textos, encontros de pesquisa, discussões, conversas de Whatsapp e, sobretudo, na criação de textosintervenção com o currículo cultural. Situando a Educação Física na área das Linguagens, demandamos pragmáticas políticas e semióticas pós-estruturalistas, para imprimir ações de aproximação e afastamento da perspectiva representacional da linguagem. Por meio dessa ação, produzimos o currículo cultural como plano de transcriação, ou como aquele que se autotectoniza e singulariza a cada vez que entra em cena. Num encontro mais direto com as danças na contemporaneidade, agenciamos a criação de estados corporais como políticas de movimento, agitando as ontologias representacionais e cinéticas, num processo geracional de contaminação. Também mergulhamos nos relatos do GPEF que tematizaram danças na produção dos movimentos de compor, multiplicar e intensificar com o currículo cultural da Educação Física, como plano de transcriação. Esses movimentos propagaram linhas de potência molares e maiores – planos de forma – nos documentos orientadores curriculares e nas políticas públicas; nas significações que identificam determinadas danças e corpos; e num quase isomorfismo entre dança e música. E ativaram também suas linhas de indiscernibilidade, moleculares e menores – planos de invenção – nas personagens comunitárias; na multiplicação das significações; e na produção de corpos e danças que pulsam como contemporaneidade ancestral muito além do isomorfismo identificado. Na sequência, empreenderamse três experiências-encontros-acontecimentos que buscaram romper com a possibilidade da aplicação de uma teoria qualquer sobre a prática, ou mesmo da constituição de uma práxis como ação refletida pela teoria e vice-versa.