Desigualdades sociais no apoio social para atividade física entre idosos brasileiros
Por Ana Elza do Nascimento (Autor), Jackeline Corrêa França de Arruda Bodnar Massad (Autor), Emanuelly Amandha Souza de Sá (Autor), Amanda Cristina de Souza Andrade (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
O apoio social desempenha um papel fundamental na qualidade de vida dos idosos, afetando a saúde física e mental, senso de pertencimento e participação na comunidade. OBJETIVO: Descrever a prevalência de apoio social para atividade física (ASAF) segundo variáveis socioeconômicas em idosos brasileiros. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal com 22.728 idosos (60 anos ou mais), a partir da base de dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. O ASAF foi avaliado pela pergunta "Nos últimos doze meses, com que frequência o(a) Sr(a) se reuniu com outras pessoas para prática de atividades esportivas, exercícios físicos, recreativos ou artísticos? (Nenhuma vez; Alguma vez no ano). Foi calculada as prevalências de ASAF segundo escolaridade, raça/cor e renda domiciliar per capita. RESULTADOS: A maioria dos idosos era do sexo feminino (56,3%), com idade de 60 a 69 anos (56,3%), < 4 anos de escolaridade (63,3%), de cor/raça branca (50,5%) e com renda familiar per capita de ½ a 2 salários-mínimos (63,4%). A prevalência de ASAF foi de 33,9% e foi maior com o aumento do nível de escolaridade (26,1% <4 anos; 36,9% de 4 a 8 anos; 43,4% de 9 a 11 anos; 61,5% 12 anos ou mais) e da renda domiciliar per capita (21,5% até ½ salários-mínimos; 24,0% de ½ a 1; 34,8% de 1 a 2; 49,3% de 2 ou mais). Em relação à raça/cor, ASAF foi maior entre os brancos (38,1% versus 32,5% pretos; 28,5% pardos; 33,3% amarelos/indígenas). CONCLUSÃO: A prevalência de ASAF foi maior em idosos brasileiros com maior escolaridade e renda domiciliar per capita e entre aqueles de raça/cor branca. Os resultados revelam desigualdades sociais em saúde persistentes nesse grupo populacional.