Determinação do Estado Nutricional de Adolescentes Por Meio de Medidas Referidas de Peso e Estatura: Um Estudo de Validação
Por Marcelo Romanzini (Autor), Felipe Fossati Reichert (Autor), Enio R. V. Ronque (Autor), Adair da Silva Lopes (Autor), Édio Luiz Petroski (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 16, n 1, 2011.
Resumo
Este estudo verificou a validade de medidas referidas de peso e estatura para a determinação do estado nutricional de adolescentes. Participaram do estudo 641 escolares do ensino médio da cidade de Londrina-PR que referiram suas medidas de peso e estatura, e, em seguida, foram pesados em uma balança digital e medidos em um estadiômetro. O índice de massa corporal (IMC) foi calculado e o estado nutricional foi determinado. Em média, o IMC obtido a partir das medidas referidas foi subestimado em ambos os sexos, sendo o grau de subestimação maior nas meninas comparadas aos meninos (0,44 e 0,24 kg/m2). Houve tendência de maior subestimação do IMC entre escolares com excesso de peso (P<0,001). Um terço das meninas com excesso de peso não foram classificadas como tal pelas medidas referidas. A prevalência de excesso de peso a partir das medidas referidas foi subestimada no sexo feminino em 2,5 pontos percentuais (10,9 vs 8,4; P<0,05). Conclui-se que medidas referidas de peso e estatura subestimam o IMC de adolescentes, podendo levar a um incorreto diagnóstico do estado nutricional, principalmente em adolescentes do sexo feminino e/ou com excesso de peso corporal.