Efeito da hidroginástica associada ao treinamento de flexibilidade no controle postural de idosas
Por Elciana de Paiva Lima Vieira (Autor), Edmundo de Drummond Alves Júnior (Autor), Jonas Lírio Gurgel (Autor).
Em Lecturas: Educación Física y Deportes v. 30, n 330, 2025.
Resumo
O processo de envelhecimento envolve muitas mudanças que podem levar ao aumento do risco de quedas. Entre os fatores de risco, a mudança no controle postural e a perda de flexibilidade apresentam uma possível relação. Objetivo: Analisar o efeito do treinamento de flexibilidade associado à prática da hidroginástica no controle postural e na amplitude articular de movimento em idosas. Metodologia: 46 idosas foram alocadas em 2 grupos: 25 mulheres participaram do treinamento de flexibilidade, além da hidroginástica (GI), e 21 realizaram apenas hidroginástica (GC). Foram avaliados o controle postural medindo-se as oscilações do centro de pressão (CoP) e a amplitude articular máxima com o goniômetro. Resultados: Segundo análises das comparações das variáveis medidas entre os grupos pelo teste t de Student, o GI não apresentou alterações significativas no controle postural. O GC demonstrou redução significativa na velocidade média (p = 0,03) e deslocamento total do COP no eixo médio-lateral (CoPy) (p = 0,04). O GI aumentou significativamente a amplitude articular máxima nas articulações do quadril e tornozelo. O GC apresentou redução significativa na velocidade média (p = 0,03) e deslocamento total do CoP no eixo anteroposterior (p = 0,04). O GI aumentou a amplitude articular nas articulações do quadril e do tornozelo. Conclusão: Portanto, o treinamento associado contribui para a melhora da amplitude articular máxima nas articulações do quadril e tornozelo. Além disso, a prática isolada da hidroginástica contribui para a melhoria do controle postural em idosas.
Referências
Alvarenga, R., Porto, F., Braga, R., Cantreva, R., Espinosa, G., Itaborahy, A., Soares, PP, e Gurgel, J. (2011). Construction and calibration of a low-cost force plate for human balance evaluation. Portuguese Journal of Sports Sciences, 11(Suppl 2), 961-964. https://ojs.ub.uni-konstanz.de/cpa/article/view/4994
Borg, G. (2000). Escalas de Borg para dor e esforço percebido (1ª ed.). Editora Manole.
Campos, C.M. (2019). Efeitos de um treinamento multimodal no controle postural de idosos da comunidade [Tese de doutorado. Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo]. https://doi.org/10.11606/D.5.2019.tde-25102019-161648
Etikan, I., Musa, S.A., e Alkassim, R.S. (2016). Comparison of convenience sampling and purposive sampling. American Journal of Theoretical and Applied Statistics, 5(1), 1-4. https://doi.org/10.11648/j.ajtas.20160501.11
Feland, B., Myrer, W., Schulthies, S., Fellingham, G., e Meason, G. (2001). The effect of duration of stretching of the hamstring muscle group for increasing range of motion in people aged 65 years or older. Physical Therapy, 81(5), 1110-1117. https://doi.org/10.1093/ptj/81.5.1110
Hernández-Guillén, D., Tolsada-Velasco, C., Roig-Casasús, S., Costa-Moreno, E., Borjade-Fuentes, I., e Blasco, J.M. (2021). Association ankle function and balance in community-dwelling older adults. PloS One, 16(3), e0247885. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0247885
Henry, M., e Baudry, S. (2019). Age-related changes in leg proprioception: implications for postural control. Journal of Neurophysiology, 122(2), 525-538. https://doi.org/10.1152/jn.00067.2019
Khani, M.K., Ardakani, K.M., e Mansori, M.H. (2021). Investigating the Relationship between Lower Limb Flexibility with Motor Function and Risk of Falling in Visually Impaired Individuals. Physical Treatments-Specific Physical Therapy Journal, 11(2), 93-102. http://dx.doi.org/10.32598/ptj.11.2.429.2