Efeito do aconselhamento para a prática de atividade física sobre o nível de atividade física e comportamento sedentário em pessoas fisicamente inativas: Protocolo de estudo para um ensaio clínico randomizado.

O Aconselhamento para Promoção de Atividade Física (APAF) é amplamente utilizado na Atenção Primária à Saúde (APS) e apresenta resultados promissores. No entanto, ainda são escassas as investigações que utilizam conjuntamente a Teoria da Autodeterminação (TAD) e a Entrevista Motivacional (EM) para aumentar a atividade física (AF) e reduzir o comportamento sedentário (CS), considerando diferentes intensidades de intervenção.OBJETIVO: Descrever o protocolo de um ensaio clínico randomizado que avaliará o impacto do APAF, fundamentado na TAD e na EM, sobre a AF e o CS em indivíduos fisicamente inativos.MÉTODOS: Serão recrutados 183 participantes, distribuídos aleatoriamente em três grupos: (1) grupo intensivo, que realizará um encontro presencial, três encontros remotos ao longo de três meses conduzidos por mensagens de texto personalizadas, e também receberá uma cartilha sobre AF; (2) grupo breve, que terá apenas uma sessão presencial e receberá a mesma cartilha; e (3) grupo controle, que passará apenas pelas avaliações. As avaliações ocorrerão na linha de base e após três meses. A AF e o CS serão mensurados por acelerômetros, enquanto atitudes explícitas, regulação motivacional e satisfação das necessidades psicológicas básicas serão avaliadas por questionários. O estudo será conduzido em delineamento randomizado, com avaliadores cegos quanto à alocação dos participantes. As análises considerarão os efeitos de interação grupo por tempo, tempo e grupo, utilizando ANOVA de medidas repetidas com teste post hoc de Bonferroni. Será adotado p < 0,05 como nível de significância, utilizando o software SPSS 29.0. O ensaio será registrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC).IMPLICAÇÕES ESPERADAS: Espera-se que este estudo contribua para a compreensão do impacto do APAF, considerando abordagens motivacionais e diferentes intensidades de intervenção, ampliando as evidências sobre estratégias para promoção da AF e redução do CS na APS.

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