Resumo

Recentemente, programas de exercícios domiciliares e aulas on-line foram apontados como tendências fitness mundiais, mas, a ausência de supervisão e/ou mínima supervisão nestas modalidades são uma desvantagem para a magnitude dos potenciais benefícios. A adição da supervisão virtual no treinamento físico com idosos pode ser interessante para aprimoramento de resultados pela promoção de estímulos que favorecem a execução dos exercícios e às respostas ao treinamento, sendo relevante entender os efeitos do seu acréscimo em programas de exercícios domiciliares na capacidade funcional e função cognitiva de idosos. OBJETIVO: Comparar diferentes estratégias de supervisão durante 12 semanas de um programa de exercícios domiciliares sobre a capacidade funcional e cognição de idosos sem comprometimento cognitivo. MÉTODOS: Trinta e oito participantes idosos (81,6% mulheres, idade média de 68,39 ± 6,48 anos, massa corporal média de 69,82 ± 12,15 kg, altura média de 1,59 ± 0,06 m, índice de massa corporal médio de 27,82 ± 4,88 kg/m²; e 94,7% com mais de 12 anos de estudo) foram randomizados e alocados em um dos grupos: supervisionado virtualmente por videoconferências durante todas as sessões de treino (n = 18), ou minimamente supervisionado por mensagens de texto (n = 20). A intervenção para ambos os grupos consistiu em um programa ofertado por meio de vídeos-aula, com frequência de três sessões semanais e duração de 12 semanas. Os desfechos de força, resistência e potência muscular pelo Chair Rise Test e Chair Stand Test, aptidão muscular funcional pelo Sitting and Rising Test, cognição global pelo Montreal Cognitive Assessment (MoCA), velocidade de processamento pelo Teste de Trilhas, controle inibitório pelo Stroop Test e a fluência verbal pelo Teste de Fluência Verbal Categoria Animal foram avaliados por videoconferência pré e após a intervenção. Foi feita uma análise inferencial, com intenção de tratar, de modelos mistos por simetria composta ajustados por idade, sexo e escolaridade, considerando intervalos de confiança (IC) a 95% e um nível de significância de 5%. RESULTADOS: Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (p>0,05) e não foram observados efeitos ao longo do tempo nas comparações intragrupos (p>0,05) para nenhum dos desfechos. CONCLUSÃO: A supervisão virtual não promove ganhos funcionais e cognitivos adicionais ao programa de exercícios domiciliares minimamente supervisionado em idosos saudáveis.

Acessar