Efeitos das estratégias de resfriamento corporal sobre respostas termorregulatórias e metabólicas em diferentes momentos do exercício: uma revisão integrativa
Por Nayara Sâmia Vaz Borges De Sousa (Autor), Jessyca Maria Oliveira Da Silva (Autor), Alessandro Spencer De Souza Holanda (Autor), Hugo Vitor Menezes Cruz (Autor), Dionis De Castro Dutra Machado (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
O exercício em ambientes quentes impõe desafios à termorregulação e ao metabolismo, podendo comprometer a segurança e o desempenho. Estratégias de resfriamento, como imersão em água fria, crioterapia parcial, resfriamento local e ingestão de gelo, têm sido investigadas para atenuar os efeitos do estresse térmico. OBJETIVO: analisar por meio da literatura, os efeitos do resfriamento corporal aplicado em diferentes momentos do exercício sobre respostas termorregulatórias e metabólicas. MÉTODOS: A busca foi realizada nas bases PubMed e BVS utilizando descritores em inglês (Cooling, Exercise, Cryotherapy, Exercise Physiology) e português (Resfriamento, Termorregulação, Exercício físico), combinados por operadores booleanos AND(E) e OR(Ou) . Foram incluídos artigos publicados entre 2020 e 2025, em português e inglês, envolvendo adultos ativos ou atletas submetidos a diferentes técnicas de resfriamento antes, durante ou após o exercício e foram excluídas duplicatas, revisões e estudos fora do tema. A qualidade metodológica foi avaliada pela escala PEDro para ensaios clínicos randomizados (n=8) e pelo checklist JBI para estudos quase-experimentais (n=4), revelando qualidade de moderada a alta. RESULTADOS: Dos 53 estudos identificados, 12 preencheram os critérios de inclusão. Os achados indicam que as estratégias de resfriamento reduziram temperatura central, frequência cardíaca e percepção de esforço, com maior destaque para ingestão de gelo e métodos combinados. No entanto, nem todos os estudos relataram melhora significativa no desempenho físico. De modo geral, os efeitos sobre performance variaram conforme o tipo de exercício, o momento da aplicação do resfriamento (pré, durante ou pós), o método empregado e a intensidade térmica do ambiente. CONCLUSÃO: Conclui-se que o resfriamento corporal contribui para a modulação das respostas fisiológicas ao calor, favorecendo o conforto térmico e a percepção subjetiva, mas apresenta efeitos menos consistentes sobre indicadores diretos de desempenho.