Resumo

Mulheres sobreviventes de câncer de mama (SCM) frequentemente enfrentam desafios fisiológicos e psicológicos, incluindo alterações na composição corporal, inflamação crônica e redução da qualidade de vida (QV). O treinamento de força (TF) é uma estratégia de reabilitação bem estabelecida, no entanto, o volume ideal de treinamento permanece indefinido. O TF de alto volume (AV) — mais de três séries por grupo muscular — tem demonstrado benefícios superiores em outras populações. No entanto, preocupações sobre a fadiga e adesão ao treinamento requerem investigação. Este estudo investigou os efeitos do volume de TF na QV, marcadores inflamatórios e composição corporal em mulheres SCM. Vinte e seis SCM foram aleatoriamente designadas para TF de volume recomendado (RV) (três séries por grupo muscular, n = 14) ou TF de AV (seis séries por grupo muscular, n = 12). Ambos os grupos realizaram 10 exercícios de corpo inteiro três vezes por semana durante 12 semanas. A QV, composição corporal e marcadores inflamatórios foram avaliados antes e após a intervenção. As participantes (37–73 anos) apresentaram sobrepeso com índices de cintura-quadril elevados. O AV resultou em melhorias mais significativas do que o RV (P interação = 0,009), incluindo um aumento de 9% na QV total (saúde mental +8%, social +17%, bem-estar emocional +30,2%). A adiponectina aumentou 22% no AV, mas permaneceu inalterada no RV (P interação = 0,035). Ambos os grupos ganharam massa muscular, reduziram gordura subcutânea e apresentaram níveis mais elevados de Interleucina-6 (IL-6) (P tempo < 0,05). Os aumentos de adiponectina correlacionaram-se positivamente com as melhorias na QV. O AV aprimora a QV e os níveis de adiponectina em SCM, especialmente nos aspectos mental, social e emocional. Esses achados apoiam protocolos de TF personalizados para otimizar a recuperação de SCM.

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