Resumo

INTRODUÇÃO: O Brasil possui suas artes marciais típicas, tanto de matriz indígena como de matriz africana. A Huka-huka é uma luta predominante indígena e apresenta escassa informação científica e documental disponíveis, que relatem suas características.

OBJETIVO: Identificar os aspectos históricos culturais, sociais, a organização, as regras e as técnicas da luta Huka–huka.

MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de literatura e, para tal, as informações foram levantadas em documentos oficiais, bem como em artigos publicados em periódicos indexados nas bases de dados Scopus, Scielo, Science Direct, Google Acadêmico. Foram analisados todos os artigos publicados até o segundo semestre de 2021, em língua portuguesa ou inglesa.

RESULTADOS: [a] O nome Huka-huka faz alusão ao som dos lutadores imitando os esturros da onça; [b] A luta Huka-huka envolve uma cerimônia religiosa, e sua prática envolve preceitos considerados relevantes para a formação pessoal de jovens indígenas do sexo masculino e feminino; [c] A luta se inicia com o lutador anfitrião escolhendo o seu oponente, que fica de pé quando este se aproxima. Os dois começam a girar em círculos se aproximando fazendo o barulho de onça. Vence a luta quem derrubar o oponente de decúbito dorsal ou ventral, ou levantá-lo totalmente do chão, ou um dos guerreiros manifestar desistência, ou quando segura atrás de um ou dos dois joelhos do oponente 3 e 5 segundos, ou  quando dominar as costas do oponente, por cima, fazendo com que este fique com as mãos e os joelhos no chão.

CONCLUSÃO: Os achados no presente estudo indicam que a HH tem alto índice de participação e envolvimento da comunidade indígena, e pode ser compreendida como um espetáculo, contudo, a arte HH precisa de mais reconhecimento pela sociedade educacional e científica.

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