Resumo

INTRODUÇÃO: O Método Pilates apresenta muitas variações de exercícios e pode ser realizada por pessoas que buscam alguma atividade física, por indivíduos que apresentam alguma doença pré-existente em que a reabilitação seja necessária, como desordens neurológicas, dores crônicas, problemas ortopédicos e distúrbios da coluna vertebral (SACCO et al., 2005). Com base no exposto, no corrente estudo objetivou verificar a evolução da autonomia funcional em praticantes de Pilates. OBJETIVO: Verificar a evolução da autonomia funcional de idodos praticantes de Pilates. MATERIAIS E MÉTODOS: A Avaliação ocorreu com 20 indivíduos, dos quais dois eram masculinos, faixa etária de 60 a 80 anos e todos iniciantes em Pilates. A intervenção disponibilizada se deu com periodicidade de duas sessões semanais com duração de 01:00h na Universidade Estácio de Sá - Campus João Uchôa. Com similares características foi selecionado um grupo controle de não praticantes da modalidade, também com 20 pessoas. A coleta de dados se concentrou no protocolo da autonomia funcional do Grupo de Desenvolvimento Latino-Americano para a Maturidade (DANTAS E VALE, 2004), o qual foi aplicado em dois momentos, o primeiro antes do início da intervenção e o segundo, três meses, visando comparar a evolução proporcionada. O período estabelecido teve por objetivo garantir a ocorrência das adaptações neuromusculares. RESULTADOS: Os dados foram submetidos à análise descritiva, estimando medidas de localização e dispersão. A variável Idade no pré-teste apresentou baixa variabilidade, Coeficiente de Variação <20,00%, então a caracterização foi de 67,32 ± 4,71 anos, assim, possivelmente os condicionantes fisiológicos e mecânicos não devem ter influenciado os resultados, logo os respectivos desempenhos alcançados se deveram à intervenção disponibilizada. Nesta, todas as variáveis detiveram elevada dispersão, Coeficiente de Variação > 20,00%, então a caracterização se estabeleceu pelas respectivas estimativas de Mediana e Coeficiente de Variação. Tal resultados era esperado, dado que o público não tinha a cultura de prática de atividade física, menos ainda do Método Pilates. A exceção se estabeleceu em LCLC, talvez em razão da complexidade cognitiva, o que se ratificaria no tempo elevado na conclusão do teste. . Os principais resultados foram no momento pré-intervenção C10m = 7,00 s ± 26,08%; LPS = 11,00 s ± 29,97%; LPDV = 3,00 s ± 55,35%; LCLC = 39,11 ± 5,83 s A variável Idade (Tabela abaixo) apresentou baixa variabilidade, Coeficiente de Variação <20,00%, então a caracterização foi de 67,37 ± 4,84 anos, portanto situação análoga dos reultados no pré-teste. Todas as demais variáveis detiveram elevada dispersão, Coeficiente de Variação >20,00%, então a caracterização se estabeleceu pelas respectivas estimativas de Mediana e Coeficiente de Variação. Além disso, todas as variabilidades se elevaram, exceto LPDV, o que convergiu à expectativa, uma vez que a intervenção regular tenderia a uniformizar os praticantes. Então, tal ocorrência pode ter se dado como consequência do pré-teste não ter sido aplicado pela mesma pessoa, além do fato de que no pós-teste foi enfatizada a execução o mais rápido possível, dessa forma alguns dos testes como c10m e o LPDV obtiveram resultados diferenciados no pré-teste. CONCLUSÃO: Objetivando verificar a evolução da autonomia funcional em praticantes de Pilates, avaliados foram 20 indivíduos, dos quais dois eram masculinos, faixa etária de 60 a 80 anos e todos iniciantes no método. Os principais resultados foram C10m = 4,47 ± 1,81s; LPS = 8,16 ± 2,63s; LPDV = 2,89 ± 1,59s; LCLC = 31,68 ± 5,58s. Então, se concluiu que houve indicio da melhoria da autonomia funcional dos indivíduos avaliados. Aos estudos futuros recomenda que os testes antes e depois da intervenção sejam aplicados na integra conforme protocolo G-DLAM. Da mesma forma na intervenção, que deve ser aplicada utilizando o mesmo protocolo em todas as turmas, no que diz respeito ao volume, intensidade e tipos de exercícios. Devemos pontuar que seria de grande relevância dobrar a quantidade de indivíduos avaliados para que haja uma amostragem mais significativa para um tratamento estatístico. Entretanto recomenda-se que a intervenção seja de doze meses com avaliações trimestrais e um programa de treinamento que verifique a evolução e busque um aumento gradativo na intensidade dos exercícios aplicados. Além do que poderia inserir outros protocolos de avaliação no conteúdo do estudo proposto, como questionários de qualidade de vida, IMC, flexibilidade, entre outros. 

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