Resumo

Apesar da diferença ter diminuído nos últimos anos, estudos constatam que a presença feminina no esporte ainda é inferior à masculina, tanto na prática quanto nos cargos de gestão. Um grande avanço nessa questão partiu da iniciativa do Comitê Olímpico Internacional em garantir a equidade de gênero em termos de quantidade de atletas nos Jogos de Paris 2024. Considerando esse cenário, é de sobremaneira importância cada vez mais discutir, promover e instigar a participação e a presença feminina no Esporte. Tendo como pano de fundo a temática olímpica e paralímpica que permeou o Sesc Verão 2024 do Sesc São Paulo, a Exposição “A evolução e o sucesso do vôlei feminino realçado em Amarelo-Ouro” jogou luz nesse cenário e se debruçou a fim de contribuir com esse progresso. Objetivo: Resgatar a história e a escalada do vôlei feminino no país destacando fatos e acontecimentos que transformaram a modalidade ao longo das décadas, incentivar a prática e instigar a discussão em temas transversais que circundam o esporte. Desenvolvimento: A Exposição foi figura central no processo de apresentar para o público passagens marcantes da história do vôlei feminino no Brasil, que não só explicam o sucesso da seleção bicampeã olímpica, como estabelece importantes marcos para o Esporte, tais como: a revolução que causou no uso dos uniformes, os avanços nos métodos de treinamento, o crescimento da audiência e do engajamento nas redes sociais. Ao mesmo tempo, a estratégia do resgate e a celebração da trajetória da modalidade, proporcionou uma plataforma teórico/prática para discussões sobre pautas importantes e pertinentes para a sociedade, no que se tratam as questões de igualdade de gênero, respeito, tolerância e representatividade. Fizeram parte dessas ações práticas figuras como Ana Moser, voz ativa como atleta e que passou a participar ativamente na formulação de gestão e políticas públicas, posteriormente tornando-se Ministra do Esporte; a bicampeã Fabiana Claudino, mulher preta, símbolo na luta a favor das minorias e contra o racismo; Tiffany, primeira atleta transexual a disputar uma partida oficial da Superliga e voz ativa na luta contra o preconceito. Como grande legado desse processo que se desenhou, foi criada uma turma específica da modalidade de vôlei, apenas com mulheres, que reforça o compromisso da Instituição em promover o acesso e a permanência na prática, ressaltando o esporte como agente de transformação social. Sugestões: A estratégia de traçar uma programação paralela que dialogue e interaja com a ação principal se mostra bem interessante. A aplicabilidade de ações que abordem temas transversais e que conversem com todos os públicos e faixas etárias foram assertivas.

Acessar